Porque as marcas mudam

 

 

Marcas mudam em sintonia com o gosto do consumidor

Alterações em cores e formatos devem ser feitas de forma lenta; Coca-Cola, a mais valiosa, se mantém ao longo dos anos

 

Mudar uma marca requer cuidados. Elas podem ganhar novo formato, cor, tamanho e ou se tornarem mais modernas. Tudo como estratégia para cair no gosto do consumidor. Mas mudanças não são sinônimo de sucesso, como mostra a Coca-Cola, que se mantém desde a criação. O iG reuniu algumas das marcas mais valiosas do Brasil e do mundo, segundo ranking da consultoria internacional de marcas Interbrand, para mostrar como modificaram sua aparência ao longo dos anos.

A seleção inclui as marcas nacionais Itaú, Bradesco, Petrobras, Skol e Natura e as internacionais Toyota, Canon, Mc Donad’s, Nokia e Gillette.

 

Segundo Ivan Pinto, professor de gestão de marcas da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), as marcas precisam acompanhar as novas gerações de consumidores e as companhias têm de estar atentas às transformações do mundo. “O consumidor de hoje não é o mesmo que o de 30 anos atrás. A cultura e os hábitos mudam e as marcas precisam se adaptar as variações”, diz.

O professor afirma que não há regras, mas o ideal é que as transformações sejam feitas com sutileza, pois muitas vezes pode haver perda de identidade e os consumidores podem não gostar da nova imagem. “O ideal é que pequenas mudanças sejam feitas a cada três anos”, explica.

Hugo Kovadloff, especialista em identidade de marcas da agência Gad, afirma que é o consumidor quem determina o que uma marca é e não a companhia que a detém. Recentemente, a Gap, rede americana de confecções, tentou mudar seu logotipo, mas teve que voltar atrás devido a inúmeras reclamações de internautas e especialistas em marcas, que não aceitaram o novo visual.

 

Segundo ele, a mudança em um logotipo, na maioria das vezes, deve sinalizar uma transformação relevante dentro da companhia, como, uma fusão, troca de presidente, ou até o ramo de atuação. "A estratégia de mudança tem que fazer sentido para o público”, diz.

Há empresas, no entanto, avessas às mudanças. Seus logos permanecem intactos desde a criação. A Coca-Cola, a marca mais valiosa do mundo, cotada em US$ 70,4 bilhões pela Interbrand, serve como modelo. A companhia mantém o mesmo logotipo há mais de 100 anos.

A principal concorrente da Coca, a Pepsi, por sua vez, alterou seu logo mais de dez vezes desde a criação, em 1898. “Por isso, é possível afirmar que a imagem da Coca-Cola é bem mais estruturada que a da Pepsi”, afirma Kovadloff.

 

fonte: https://economia.ig.com.br/empresas/comercioservicos/marcas+mudam+em+sintonia+com+o+gosto+do+consumidor/n1237840190365.html